Um Corpo Estranho

Estranho À Terra

Um Corpo Estranho


Todos querem
Mas nem todos são
Tudo o que esperam

Todos seguem
Os outros que vão
Cegos e sem direção

E há quem se estranhe neste lugar
Na memória uma história
Que jaz no fundo do mar
E é velho o rombo neste porão

Ao comando de um rato
Que evade a tripulação

Todos esperam
Um vento a favor
Das suas velas

Todos cantam
P’ra espantar a dor
Não há remédio melhor

E corre nas veias todo esse mar
E o instinto em amarras
Ávido de navegar
E há o legado de ir mais além

Já daqui nada vem
Mais que um presságio de azar