A seiva seca a seu tempo Do tronco o legado Na folha caída Despida Da cor do passado Olhos queimados de noite De sombra em viagem Ao pássaro ferido Da queda aturdido O céu lhe devolve a coragem Em tudo o que é de mudar Em tudo o que é de virar Na força o que é de mover No fim o que é de acabar A fúria espreita no eixo O peito resiste O punho sustenta A voz que rebenta O eco persiste Escapam-se escassos das chamas Em rumos de mar O sonho crepita A esperança gravita Que o sol brilha noutro lugar Em tudo o que é de mudar Em tudo o que é de virar Na força o que é de mover No fim o que é de acabar