Consolo a música firme nos braços A própria que fiz num dia sem cor O chão remete ao caminho que traço O som se apega ao cheiro da flor Pertenço ao circo de mais um espaço O que penteio é o tempo e o torpor Em que acorde deixei meu compasso O belo e feio sentido da dor A dor que vai até onde vê Ao que espero já vou negar Minha palavra, meu cantar Tanto tenho a te dizer Mesmo sem ter onde buscar Há de vingar o amanhecer Me inspirei no seu fino contato Participei dessa vez com paixão Peguei um santo que tenho no quarto E senti talvez proteção Dedilhei cada conta em silêncio E pedi dessa vez por favor Que me ensine através desse sonho A leitura sincera do amor O amor que vai até onde vê Ao que espero já vou negar Minha palavra meu cantar Tanto tenho a te dizer Mesmo sem ter onde buscar Há de vingar o amanhecer