Ana tem sorte de quem não nasceu pra sonhar Vive em casa saindo e voltando, sem tempo pra pensar Sem emprego, teto e medo, dois filhos pra criar Ao menos almeja a vida inteira eterna ao descansar Ana só implora pra não mais voltar Na sagrada união se esqueceu de amar Ana tem olhos além do corpo a arrastar A alma aberta, a canseira desperta em todo acordar Devaneio sem apelo ao futuro a cintilar Conta nas contas todas as pontas soltas pra amarrar Ana só implora pra não mais voltar Na sagrada união se esqueceu de amar Ana só implora pra não mais voltar