Quando eu nasci já havia terra Quando eu morrer ainda vai haver O Sol já se levantava do recosto Pra depois do mundo se esconder E pra os olhos tudo é novo Apesar de novo nada ser E tudo que foi feito Vai se voltar a fazer E o suor que o meu rosto verte É o orvalho da manhã O jugo desta vida pesa ontem Hoje e amanhã E a satisfação nunca nos foi Nem será por irmã E o que se faz neste mundo Não passa de obra vã E a escada que eu trilho Não oferece corrimão Subindo degrau a degrau Há perigo de decapitação Sem saber se no final Tudo não passará De ilusão De nada vale O vento perseguir De nada vale O vento perseguir De nada vale O vento perseguir De nada vale O vento perseguir De nada vale O vento perseguir De nada vale O vento perseguir De nada vale O vento perseguir De nada vale O vento perseguir Nada do que virá pertence ao Porvir