De fronte pro mar me afoguei num bar Vestido de paletó Esperando meus amigos se casarem A noiva veste branco e dá as cartas da noite Ansiedade é nuvem e hoje vem chuva de açoite Baba de moça na boca da moça que baba pelo que eu falo numa caixa ativa Tu não me cativa se não cultiva Chego a cova sozin Mas não cavo a caveira de ninguém Polução noturna de devaneios Às vezes sorrisos são só panfletos que cê distribui Sabendo que vão jogar fora no próximo balde de lixo Refrão Eu surto Mas tava tudo debaixo dos meus olhos Eram só olheiras Um papo manco, língua de muleta Apoia o meu amuleto, me abraça me dá um beijo Vamo foder no domingo ou foder o mundo comigo? Façamos um dueto No meio do mato, sem flashs, poses, aparts, apertos Quase que eu me jogo desse parapeito Minha alma numa maca num corredor esperando um leito vago Peito vago, engasgo Recheio com a fumaça de um cigarro Odeio tudo aquilo que eu trago E todo esse arrodeio desconexo em sentido metafórico Não é mais que uma máscara Pra dizer que eu não me sinto só Solidão, solitude Vertigem sem altitude Me disseram que o inferno era all inclusive Puro malte, caviar, cocaína e absolut Vítima do cinismo alcoólatra absolutista Da minha falsa sensatez Prometo beijar-te uma última vez Outra vez Pelo menos esse mês! Dançamos pra chuva, antes de catequizarem nosso amor tupi Nos vendemos por espelhos pra não olharmos um pro outro Eu não queria só me despedir Queria, te agradecer, me desculpar Ou só ter dito algo melhor Antes de partir Desculpa (eu juro) Mas tava tudo debaixo dos meus olhos Eram só olheiras Eu surto quando eu juro Eu juro por que eu surto Surto porque juro? Juro porque surto? Sei lá Juro?