Ela preferia ficar Contemplando estrelas mortas Do que caminhar por aí Nunca achava algo que importa Não acreditava em Deus Só no seu apartamento Mas se torturava ao sentir Da sua janela o vento Tinha medo de morrer Chorava quando ia dormir Deixava o vento lhe ferir Então perdia as horas Eu e mil estrelas no céu Quando estava tudo escuro Nuvens pareciam o véu Para a imensidão do mundo Então pôde crer encontrar Sentido nesse absurdo E aquilo parecia mostrar O que não era tão profundo Ele não precisava crer Bastava ter um coração A luz se tornou um clarão No inverno absoluto