Mafalda era a mais linda rapariga Do curso de enfermeiras da cidade Não tinha uma rival uma inimiga Pois ela era a ternura era a bondade Um dia foi alguém ao hospital Chamar uma enfermeira dedicada E logo o director bem natural Achou que era mafalda a indicada Depressa foi levada pr'o mirante Do mais rico senhor da freguesia Que débil no seu leito agonizante A vida a pouco e pouco lhe fugia Mafalda então tratou-o com desvelo Velando noite e dia o seu senhor E toda se enternece agora ao vê-lo Já livre de perigo e bem melhor Mas ai pobre mafalda a tentação Feriu-a e agora sente que pecou Que já não tem consigo o coração Que o deu também àquele a quem salvou Mas este que é ricaço e não é bom Ao sentir que a saúde já melhora Só pensa no seu nome no seu dom E a pobre da mafalda manda embora Então cheia de dor, desanimada Ferida no mais fundo do seu ser É vê-la sempre triste, desolada Pedindo a Deus o fim do seu sofrer E Deus por quem a prece foi ouvida Ao reino lá dos céus então chamou Aquela que salvou e deu a vida A quem mais tarde a vida lhe roubou