Vivo de estância em estância Domando potro aporreado Tocando tropas na estrada Sentindo o cheiro do gado Enfrento chuva e poeira Com meu poncho surrado Na guaiaca trago os trocos Nas mãos a marca do laço No tropear do eu pingo Venho marcando compasso Da prendinha da fazenda Trago o calor do abraço Quando o dia vem rompendo O galo canta do poleiro Amarro o xucro no tronco No lombo jogo o aperos Salto em cima e prendo o grito E cravo a espora no matreiro Gosto da vida matreira Com sabor de liberdade Só atrás de algum cambicho Me bandeio pra cidade Mas logo volto a querência Onde me sinto à vontade