Quando eu vejo um caboclo passando Na estrada tocando a sua boiada Eu recordo e tenho saudade O que eu já fui na vida, hoje não sou nada O tempo pra mim foi passando Hoje em minha vida eu me sinto cansado Meus cabelos já estão branquinhos Num velho ranchinho eu vivo encostado Guardei por recordações A minha viola num canto encostada Com carinho também eu guardei Minha sela e um par de espora prateada Quando escuto um berrante tocando Meus olhos derramam um pranto de dor No silêncio só eu e a saudade Da minha mocidade que há tempo se foi Na parede todo empoeirado Meu laço trançado, couro de mateiro Quando eu ia pra lida do gado Meu cachorro ensinado era o meu companheiro Hoje tudo ficou no passado Tô velho e cansado sem poder trabalhar Já estou no fim da estrada Esperando o momento de tudo acabar Já estou no fim da estrada Esperando o momento de tudo acabar