Distante do meu Estado, pela saudade ferido, Cheguei sonhar acordado com o Mato Grosso querido. Sonhando sobrevoava, sob um lindo céu azul, Nosso belo Pantanal, do Mato Grosso do sul. O jacaré espreitava, quietinho no lamaçal Enquanto eu apreciava aquela cena real A boiada pantaneira tangida pela estrada E a comitiva altaneira orgulhosa da boiada O capataz com a guiada, dava ordens ao ponteiro Com a guaiaca recheada, estufada de dinheiro, Trinta e oito na cintura, com a bravura de um guerreiro, Enfrentando a vida dura, num trabalho rotineiro. Nos mangues alagadiços vi sucuris, capivaras, A onça em reboliços com um bando de sussuaparas, Cavalos gordos, roliços, revoadas de araras, Com a brabeza dos mestiços o meu coração dispara... Declamado: O tuiuiú magistral, a garça branca altaneira, Ele - símbolo do Pantanal, Ela - a rainha Pantaneira! Vi um bando de bugios, brincando com capivaras, Nos igarapés dos rios, juntamente com iraras. Mansamente aterrizava junto a um rancho de sape Onde o povão dançava rasqueado e chamamé. De repente despertei e fiquei muito assustado Na verdade não sonhei, eu estava acordado. - Foi apenas um "replay" de um filme que está gravado Jamais apaguei da mente imagens lindas do meu Estado.