Que saudade, que saudade Do recanto onde nasci Do cantar da seriema Do gemer da juriti Do meu velho pé de ipê Do angico e da palmeira Do sabiá que cantava No galho da laranjeira Do sabiá que cantava No galho da laranjeira Que saudade, que saudade Do luar da minha terra Prateando o arvoredo E a casinha lá da serra Que saudade da pequena Que chorando lá deixei Não chores, linda morena Que um dia voltarei Não chores, linda morena Que um dia voltarei Que saudade, que saudade Das festas de São João Das quadrilhas no terreiro Do churrasco e do quentão Hoje longe, muito longe Vivo de recordação A saudade vive sempre Ferindo meu coração A saudade vive sempre Ferindo meu coração