Nascido na Chalana Eu sou aquele diabo Que tem TV a cabo Para ver aquele homem Que passa na TV Não dormindo na sua cama Com a mulher que ama Mas não chama o seu nome Quando aquele diabo Tem seu corpo natural Eu tinha um arrozal Que não parava de banhar Joguei aquela água Na mulher do ano 40 Mas ela não sustenta Em dizer que vai voltar Quando eu fui embora Eu lhe disse: "Adeus, mulher!" Mas se ela quiser Eu lhe darei TV á cabo Com um bondoso homem Eu não tinha a sensação De uma separação Desse maldoso diabo O diabo então Ficou muito magoado Lembrou tempo passado E também tempo perdido Então fui no mercado Pra comprar arroz do galo Pois minha mão tem calo Que não dá pra ser bandido! Esse diabo sou eu Quem cuidou do meu cunhado Fui ver tempo passado Mas também tempo perdido Qualquer homem que seja Foi lá pra Niterói No sertão do herói Qualquer nome proibido! Sempre acreditava Que não tinha mais garagem Ele disse: "Coragem não tenho mais que morrer!" Quando eu conseguia Arrumar o seu portão O diabo então Foi com certeza surpreender Mas, porém, certo dia Eu fui lá para minha casa Soltar as suas asas Daquela minha mulher O homem então falou Entre uma TV a cabo Que qualquer diabo Não se sabe o que quer Dessa vez não deu certo Dizer pra aquela amada Que naquela madrugada Ele não quis se danar Então comprei um carrapicho Dois paus e TV a cabo E que o seu diabo Vá se embora se ferrar!