Quando olhei a terra ardendo Qual fogueira de São João Eu preguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação Eu perguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação Que braseiro, que fornalha Nem um pé de plantação Por falta d'água perdi meu gado Morreu de sede meu alazão Por falta d'água perdi meu gado Morreu de sede meu alazão Até mesmo a asa branca Bateu asas do sertão Entonce eu disse, adeus Rosinha Guarda contigo meu coração Entonce eu disse, adeus Rosinha Guarda contigo meu coração Hoje longe, muitas léguas Numa triste solidão Espero a chuva cair de novo Pra mim voltar pro meu sertão Espero a chuva cair de novo Pra mim voltar pro meu sertão Quando o verde dos teus olhos Se espalhar na plantação Eu te asseguro não chore não, viu Que eu voltarei, viu Meu coração Eu te asseguro não chore não, viu Que eu voltarei, viu Meu coração Quando a lama virou pedra E Mandacaru secou Quando o Ribaçã de sede Bateu asa e voou Foi aí que eu vim me embora Carregando a minha dor Hoje eu mando um abraço Pra ti pequenina Paraíba masculina Muié macho, sim sinhô Paraíba masculina Muié macho, sim Eta pau pereira Que em Princesa já roncou Eta Paraíba Muié macho sim sinhô Eta pau pereira Meu bodoque não quebrou Hoje eu mando Um abraço pra ti pequenina Paraíba masculina Muié macho, sim sinhô Paraíba masculina Muié macho, sim sinhô Tudo em volta é só beleza Sol de Abril e a mata em flor Mas Assum Preto, cego dos olhos Num vendo a luz, ai, canta de dor (bis) Tarvez por ignorança Ou maldade das pió Furaro os olhos do Assum Preto Pra ele assim, ai, cantá mió (bis) Assum Preto veve sorto Mas num pode avuá Mil vezes a sina de uma gaiola Desde que o céu, ai, pudesse oiá (bis) Assum Preto, o meu cantar É tão triste como o teu Também roubaro o meu amor Que era a luz, ai, dos olhos meus A, bê, cê, dê Fê, guê, lê, mê Nê, pê, quê, rê Tê, vê e zê