A humanidade ela tá toda perdida Não sabe nem pondera o valor de uma vida Ninguém ama ninguém, é raro quem não é louco Tirando eu cascão te garanto que são poucos Será que é assim que Deus que ver a gente? Exército vencido por maconha e água ardente É chato mais é fato, verídico e atual Na luta incessante que travamos contra o mal Ninguém tem paciência de plantar para colher Como tudo é vaidade só acredita no que vê Tira exemplo o meu capão Que é um dos maiores guetos Não falo de um bairro teu, pois confesso eu sou suspeito No capão a molecada só quer ter um 12 molas Uma twister e mulher só as da hora Ninguém quer pagar veneno de estudar por oito anos Pra sonhar em ser doutor, ser frustrado nos seus planos Você que canta o rap, pensa alto coisa e tal Acha aí uma saída pra acabar com esse mal Como cê quer que eu te escute Acredito em você? Você também é uma vítima dos homens do poder Você não acha que já era, que esse mundo tá perdido? Só Jesus voltando mesmo pra salvar os oprimidos Eu quero mostrar pra você o meu estilo de vida Eu não bebo eu não fumo eu só faço uma corrida Pra poder o meu zequinha ter no que se espelhar Porque se assim não for veja bem no que vai dar Meu pivete fica fraco sem ter orientação O sistema mina as bases, manipula o coração Fica ele meio amargo sem ter fé no amanhã Parecendo filho rico lá deitado no divã O doutor eu estudei no dante aligrieri Morei fora quatro anos, nunca entrei num dp Não conheço uma favela, nunca vi um favelado Não entendo o motivo que me fez um viciado Será que eu tô colhendo tudo o que o meu pai plantou? Ele achava que o dinheiro compra tudo até o amor Não sabia hoje sabe, eu garanto é verdade No mundo material quem domina é a vaidade E seja escravo do dinheiro abandone o amor Seja amigo do inimigo e perca a paz do Senhor O dinheiro compra tudo e corrompe o coração Lembra Judas que vendeu Jesus Cristo pros vilão Seja escravo do dinheiro, perca a sua paz eterna Seja amigo do inimigo e vegete aqui na terra O dinheiro compra tudo, sua camisa, seu cordão Só não compra o passaporte pra você entrar lá no céu Sou bocão, da diogo sou mais um da humanidade Eu confesso que modéstia tô sofrendo de verdade Cês não sabem, mas aí, olha só eu vou falar O poeta sofre mais porque para pra pensar No que aqui eu tô passando e no que lá você já passou Ele herda do seu pai a herança do seu vô Ele fica chateado quando a tiazinha crente Tem um filho que adora a quadrada e dois pentes Quando o tio que é pedreiro e construiu a escola Vai com o filho pedir vaga, ouve: Não, volta outra hora E o poeta se revolta quando os vermes do sistema Faz reunião com o rap, e o rap diz que vale a pena Quando o povo que faz parte de outro gênero musical Diz pro rap, participa, e o rap diz que tá normal Me revolta porque eu lembro que não muito na antiga Nós não era um zé ninguém, e esses putos se mordia Quando eles via a gente entortava o nariz Hoje quando vê a gente: Tamu junto, é o que diz? Tamu junto o caralho, sem futuro, oportunista Você tá junto com os pipoca, tira o meu nome da lista Você já viu eu na gimenez, ou no trouxa do faustão? Sai pra lá baba ovo, aqui cê não cola não Tem até um ex PM que matava lá no morro Hoje é dono do hutúz e entrega prêmio pro meu povo O bagulho tá desandado, eu acredito, é verdade No mundo material quem domina é a vaidade E seja escrevo do dinheiro abandone o amor Seja amigo do inimigo e perca a paz do senhor O dinheiro compra tudo e corrompe o coração Lembra Judas que vendeu Jesus Cristo pros vilão Seja escravo do dinheiro, perca a sua paz eterna Seja amigo do inimigo e vegete aqui na terra O dinheiro compra tudo, sua camisa, seu cordão Só não compra o passaporte pra você entrar lá no céu Eu queria comentar a respeito do amor Se o malandro me permite, escuta aí, faz favor Cê se lembram que eu falei Quem não ama não tem alma Nem na hora do bo, vai conseguir ter a calma Suponhamos que então, eu estou dentro da agência Fugitivo da justiça, sem amor nem consequência No meu subconsciente eu tenho aquela decisão Pra cadeia eu não volto, eu prefiro o caixão Tô armado até os dentes, de granada e fuzil Tira o pino, erga a mão, lá de fora você me viu Você já logo pensa alto, vai fazendo um castelo O bagulho azedo, vamu tudo pro inferno E na sua mente começava a contagem regressiva Nove, oito, sete, seis, faltam cinco pra partida O que cê não esperava é que tava ali na fila Pagando a conta de luz, sua ex com a sua filha Você ganha, não acredita, já começa a gaguejar Aí jão, passa o pano quem tá lá Tô num beco sem saída, você vai ter que me ouvir Sei que é duro pra você, imagine então pra mim Cê não ama mais ninguém, se tornou um morto vivo Eu só tô me adiantando porque eu sou um oprimido Toma aqui a minha arma, não é porque tá dando errado É que Deus acabou de me pregar um ditado Que a vida das pessoas que a gente nunca viu Pode ser um tanto fácil para apontar um fuzil Só que a partir de agora eu aprendi a respeitar Vou amar quem não conheço como fez o Jeová Porque tá ali na fila minha filha sangue bom Põe o pino na granada e vamos juntos pra prisão Aí, joga as armas no chão e sai com a mão na cabeça O bagulho tá cercado, 75437 Sou eu chefão, qual que é a fita? Aí ladrão, agora o rap já era Eu só fiz essa viagem pra nós mesmo aprender Que a dor só é bem vinda quando não for em você Vida loca também ama, vida loca vai pra guerra Ele é o que precisa mais amor aqui na terra Tenho que amar o irmão como eu amo a mim mesmo É doidão eu aprendi na balança por um peso Acho que todo ladrão também tem que analisar Pois, um dia ali na agência sem ele esperar Pode estar ali na fila depositando um dinheiro Sua filha, sua mãe, o seu pai, o seu parceiro E aí vai aprender que o amor é uma verdade No mundo material quem domina é a vaidade