Profético, frenético, o fim virá No palco templário da vida no palco templário da vida O povo paikiçé irá revelar Nas flechas certeiras do tempo os cacicados imortais De palha, de ouro, de bambu Resquícios de grande nações Canta Omágua guerreiro, dança tapajó milenar Celebra o passado de glórias Triunfo da tradição Mil luas se passaram As brumas sagradas atormentam huirí O herdeiro de Omama Transcende ao desconhecido O choro da flauta primordial Prenúncio de dor, o verde em savana A queda do céu, está perto o fim Empunhem-se flechas, pacifiquem os corações Ouça o clamor da terra Enquanto houver vida a ser defendida Hei, heira, hei Minha tribo de pele vermelha e da cor do Sol Toca o tambor, o canto da vida