Inala o rapé sombrio e traga o paricá Na curva do grande rio ele transcenderá Em bicho de casco, em bicho de escamas, em bichos que voam... voam Pajé do mundo sobrenatural vagueia sobre o temporal em alaridos Pajé visão de um mundo místico ungido por espíritos revelará Pajé a busca milagrosa, reza, cura com a dança, a pajelança Na maloca sagrada dos deuses de seus ancestrais dos munduruku! hei Ergue a cuia para o ritual, expurgando e exorcizando o mal Evoca os mitos a sabedoria do tronco de todas as tribos, de todos os ritos A fé, a crença, a magia, o poder da unção pra dança da vida em celebração É a dança da cura É a dança do grande xamã É a força da alma aguerrida do grande xamã Ora pajé, dança pajé para as tribos das mundurukania É a cura é a mística dança Inala o rapé sombrio e traga o paricá!