Num sopro celestial de amor E de luz do criador Karú Sacaibê Nasceram os Munduruku Os primeiros filhos da terra mãe Num canto celeste que vaga Nos tempos ao som do ofuá Acupari primitiva maloca da criação Transformou-se em fortaleza de pedras Onde houve a mutação Porco queixada Macaco branco Macaco aranha, hey, hey Das lágrimas de Karú nasceu Rairú O primeiro guerreiro munduruku Na solidão vagando por veredas junto aos animais Ao som do curuque ecoou nas matas Um grande clamor ao seu pai que lhe desse irmãos Em forma de morcego branco Karú com amor no coração Atendeu ao chamado Lhe dando a missão de tecer corda de algodão Para encontrar o umbigo da terra Descerás e tudo se revelarás Trazendo seus irmãos à superfície da Terra Para um novo dia florescer E o primeiro tuxaua Rairú repassou os ensinamentos De guerra, de caça Para a sobrevivência das futuras gerações Rito de criação munduruku Rito de criação munduruku A origem, a crença, o mito Dos filhos de Karú