Na cidade em que anda Várias gangs nas ruas À procura de luta Em outros lugares a cura Nos templos do dinheiro Os pastores enganadores Nos palanques os políticos Marionetes dos senhores Nos muros as pixações Nos céus os aviões A paixão de um revolucionário Ao matar um latifundiário Os militares estão nas ruas Matando nossa gente Os mendigos estão nos becos Morrendo como indigentes Nas vitrines mentirosas Na injustiça dolorosa Meu coração se dilacera Diante de tanta miséria No mundo da desigualdade Essa é a nossa verdade Sempre estarei olhando O movimento da cidade Assim é a cidade Sem piedade Cheia de atrocidades Fria e calada Na cidade em que anda Vários burgueses nas ruas Desfrutando uma grana Que na verdade é sua No movimento da cidade Encontro os inimigos Mas o que me deixa triste É o egoísmo dos meus amigos No movimento da cidade Os profetas da fraternidade Com seus poemas sinceros Desejando igualdade No movimento da cidade A parada das prostitutas Num serviço nobre Considerado de má conduta No movimento da cidade Se perde a humildade Se encontra a violência Num mundo em decadência No movimento da cidade A nossa fé some Como acreditar em deus Se a fome nos consome Assim é a cidade Sem piedade Cheia de atrocidades Morta e gelada E os culpados sendo condecorados Essa é a nossa cidade Posso estar louco, certa vez acreditei Estar em outra parte, menos aqui