Ó os cara aí, ó De novo não prendeu o tal do mato E cada um pede uma ponta E o indiozinho fica quebrado E o homem branco é enjoado Criou regra no estado Proibiu o tal do mato Eu fico muito revoltado O mato que acalma e me da sono Que abre meu apetite Tem dois dia que eu não como Ave maria, eu to empolado Que meu pai tá preocupado Quer me levar pro hospital Me consultar, pegar atestado Acorda, véi, tu tá errado Eu não to adoentado E o meu problema só resolve Se eu queimar o tal do mato Não mato, não roubo O que eu tenho é comprado E só uso roupa de marca Pois sou pobre enjoado E trabalho de segunda a sábado Chego em casa estressado A mulher me faz um suco de maracujá gelado Eu pego um copo, dou um gole Mas não desce, tá ligado? E o meu problema só resolve Se eu queimar o tal do mato Eu te pergunto aí parceiro Cê me diz se eu tô errado O mato é verde e não preto Por que é tão discriminado? Enquanto isso eu vou seguindo Tipo assim, só no gingado Sumindo na fumaça Que eu queimei do tal do mato Foi lá de cima que criou e o índio cultivou O tal do mato era tão bom que até Bob Marley usou Tupac não morreu, Tupac só sumiu Tá por aí queimando o mato que homem branco proibiu Tô na cidade entediado Não sei mais o que eu faço Pra sair dessa mesmice Acho que vou pro meio do mato Na cidade é embaçado, tem polícia Tem viado, tem estuprador safado Caguete, vagabundo, dedo-duro e pé inchado E desse jeito aqui não da Melhor mudar, sair voado E o meu problema só resolve Se eu queimar o tal do mato Cola na tribo, parceiro Cabe mais um no barraco O mato queima no cachimbo É nós junto e misturado Soltei fumaça na quina Pra ver ficar neblinado O mato sumiu na fumaça Deixou os cara no vácuo Enquanto isso eu vou seguindo Tipo assim, só no gingado Sumindo na fumaça Que eu queimei do tal do mato Foi lá de cima que criou e o índio cultivou O tal do mato era tão bom que até Bob Marley usou Tupac não morreu, Tupac só sumiu Tá por aí queimando o mato que homem branco proibiu