Minha bela esperança Não caminha, tampouco dança Duas décadas se passaram Nervos se atrofiaram. Meu nobre orgulho Opinava sobre tudo Hoje em dia está tão tímido Inócuo, sem sentido. Me diga, há vinte anos Quais eram os teus planos? Responda, quantas vezes Você escovou os dentes? Vigorosa, a saúde Hoje é auto-imune. Todo dia, um novo câncer Bate á porta á todo instante. Promissor, o amor Não rimava com dor Hoje em dia foi julgado Condenado, executado. Duas décadas, vinte anos Período tão estranho A vida vai morrendo E você fica no meio.