Toranja

Contos

Toranja


Não posso ser só eu a dar sentido à razão 
Vais ter que vir tu e arrancar-me a escuridão 
É que ás vezes quem vence fica sempre a perder 
Vamos deixar de usar armas no que queremos ser. 

Mas tens que escrever quem vês em mim 
Vais ter que contar quanto dás por nós 
Sem mais Contos de embalar. 

Não podes ser só tu a dar sentido ao buraco 
Se não te queres lembrar do que sentiste no fundo 
Agora tens que vir tu saciar-me os segredos 
Porque é fácil de mais o que me queres vender. 

Mas tens que escrever quem vês em mim 
Vais ter que contar quanto dás por nós 
Sem mais Contos de embalar. 

Mas tens que escrever quem vês em mim 
Vais ter que contar quanto dás por nós 
Vais ter que despir o que tenho a mais 
Por ver sempre tudo a desconstruir 
Por cima da raiz que nunca sai 
Que volta a crescer por não parar 

Que volta a crescer por ser maior 
Voltou a crescer sem avisar! 
Sem mais Contos de embalar. (x2)