Peito de tábua de canoa, Olho de leme, braço de vela. Lá vai meu coração na proa, O capitão da caravela. Qual navegante de Lisboa Quero aportar em terra bela. Não Moçambique, Angola ou Goa, Mas na amplidão verde-amarela. No mar, guiado pelos astros, Um barco amante nunca erra. Paixão e amor pendendo os mastros Que eu fincarei no alto da serra. Trovas e versos são meus lastros, Jamais fuzis e armas de guerra. Assim, de mim ficaram rastros Nos corações da nova terra.