Tony Salgado

São Paulo de Sol a Sol

Tony Salgado


Um dia o dinheiro vai dizer
Aqui eu vivo por você

De repente na minha frente
Um clarão um flash
No concreto cinzento

Sob os narizes dos aviões
E desse povo agourento
Nos seus altos prédios

De janeiro a fevereiro nada muda
E a cidade fica nua
Pra espantar todo o medo

Da luta que se trava mãos armadas
De canetas e contratos
Labuta dura

Refrão
Vivemos em telhados de vidro
E no asfalto passam carros 
Tão rápido, sem pensar

Sem dor de saber que existe
Tanta gente triste
Quem estará na vez?

Você pode ser que resista
A esta urbana e cíclica 
Conclusão do momento

Consolando minha alma paulista
Com minha menina linda
Busco o resto, no sexo

Afrouxando a gravata, 
Peço um chopp no balcão 
Só me falta na cidade 
Por a bunda lá no Sol

São Paulo de Sol a Sol 
São Paulo de Sol a Sol 
São Paulo de Sol a Sol 
São Paulo de Sol a Sol