Não há decisões, não há soluções. Nos relatórios não constam nada daquelas belas palavras Projetos verbas, abstratos, como falsos sentimentos. Nos afogando num mar de poluídas ilusões A esperança agoniza coitada Desenganada, no CTI das favelas. Improvisando a vida na subsistência humana Discriminada por narizes empinados da luxuria Um grito de justiça desnutrido ecoa pelo mar Retrato de um povo sofrido, cansado de esperar E o desespero gerando a violência da revolta E as lideranças nos seus tronos, tranquilas nem se importam. O povo reivindica seus direitos, direitos Já, Exige mais respeito, pois assim não dá.