O dia na aldeia Se joga o dado Esse é o fato De quem garante no braço viver Nessa aldeia de sucesso e fracasso Feito um molambo Feito um escambo humano Índio pós-catequizado Que fica irado depois de saber Que o seu viver é princípio motor Para fins de mercado Eu não quero emprego, não Não, não, não, não, não Eu não quero teu dinheiro Pra poder ter sossego Eu não vendo mais minhas mãos O ódio na aldeia aumentou Dobrou na esquina Brechou na quina Levando em baixo Do braço o flagrante Pra calar no berço O que cresce pra o descaso Que corre as vias Das entranhas da periferia Do barro batido, barraco Que fica irado depois de saber Que o seu viver é princípio motor Para fins de mercado