A tristeza no meu peito é quando a noite escurece. Meus suspiro são dobrado, todas coisa me aborrece, meu rancho ficou desfeito, o meu coração padece, meu amor foi pra bem longe e nunca mais aparece. Todo dia de Finado faço a minha penitência: eu vou lá no povoado, rever a minha querência, onde há tempo a minha amada terminou sua existência, foi s'embora deste mundo, para outra residência. Levo na minha bagage uma coroa de frô com espinho da saudade, num coração sofredô. Levo no peito a tristeza, lembrança do nosso amô, oferecendo uma prece, com meu rosário de dô. Ao saí do cemitério, sem querê meus óio chora. Faço minha despedida e sozinho venho embora. Acendo vela, rezando para Deus e Nossa Senhora, que proteja a minha amada, no céu onde ela mora.