Sou índio vago, todo mundo fala, sempre alegrando a cumpanherada. Acordeon embruiado no pala, aonde eu passo divirto a moçada. Lá no garpão, com o chimarrão, o xote é bom, é na madrugada. Meu pingo preto já bem me conhece e galopando vou cortando a estrada, admirando a beleza silvestre, ouvindo o canto da passarinhada. Mais que saudade, barbaridade, a gauchinha, minha prenda amada. De pago em pago que felicidade, sempre cantando para a criançada. Nos CTG mostro a qualidade, faço amizade com toda a moçada. Linda pequena, china buena, linda morena, minha namorada. A quem precisa eu estendo a mão, sempre ajudando a cumpanherada. Aqui na terra temo que sê bom, ai, dessa vida não se leva nada. Deixa o dinheiro, deixa a estância, e dessa vida não se leva nada.