Boiada de corte que triste sentença Deixando a querencia lá nos pantanais Vai seguindo a estrada em rumo da morte Boiada de corte que não volta mais. Vamos boiada que a noite já desce E nóis amanhece, em outra pousada O triste mugido se perde distante E o som do berrante, anuncia a chegada. Boiada de corte como é triste a sina Trocando as campinas, por uma charqueada Não ficou lembrança, e tudo se acabou Até a chuva apagou, o teu rasto na estrada. No mundo se apaga a vida e grandeza Se apaga a riqeza, se apaga a ilusão Se hoje é teu dia de boiada de corte Qualquer dia a morte, leva este peão.