Comecei lidar com gado de doze ano em diante. Perdi pai e perdi mãe, sofrimento foi bastante. Me ajustei numa fazenda, de boiadeiro volante. Na ponta de uma boiada, ai ... fazia chorar o berrante. Fiquei peão afamado, muita firmeza no braço. Meu burrão mestre na lida, ai .. nunca teve fracasso. Arreamento completo, enfeite que eu mesmo faço. Zebu, por bravo que seja, ai . .. berra na ponta do laço. Fazenda Campina Verde, sumiu um boi araçá. Tá fazendo ano e meio que não sai do carrascá. Ai, serviço perigoso é que eu gosto de arriscá. Garanti pro fazendeiro, ai . . . trazê o touro no currá. Eu fui descendo a restinga; depois de muito cansaço Avistei o boi servage, tava beirando o riacho. Apertei o chinchador, burrão afirmou o passo. Joguei o cipó de arcanço, ai ... ringiu os tento do laço. Meu burrão veio gorpeando de chinchadeira estirada.. Trouche o touro na mangueira, cumprimentei a moçada. Patrão perguntou o preço, arrespondi: - Não é nada, É sinar de amizade, ai ... pro senhor e a peãozada.