Flor é uma estrofe sublime que do seio da pranta nasceu, retrato fier da inocência que no ventre da terra cresceu. Enfeita alegria e festa memória de quem já morreu. A flor é um encanto do mundo, um poema que Deus escreveu. Grinarda é a fror da paixão, a muié é a fror da ilusão, deixa a saudade prantada no jardim do nosso coração. Sereno, fror da madrugada, soluço é a fror da paixão, luar, a fror do poeta e a cabocra a fror do sertão. A vida da fror é tão curta, vai secando, do seu ramo cai, lembrança de uma primavera que o tempo deixa pra trais. Também somo frores da terra, nossa vida também são iguais. Primavera todo ano vorta, nossa vida não vorta mais