Um moço saiu do norte Enfrentando a dura sorte No Mato Grosso chegou Deixou seus pais e irmãos No seu pedaço de chão Nunca mais ele voltou Transformou em pistoleiro Matar pra ganhar dinheiro Era a sua profissão Sem pensar que esta vida Era um caminho sem saída Jamais teria perdão Empregou com um fazendeiro Como um cruel pistoleiro Ficando a disposição Era o encarregado Cumprir com os mandado Que ordenava seu patrão Ali o trabalhador Derramava o suor Pra ganhar seu ordenado Quando ele ia embora O pistoleiro na hora Matava o pobre coitado Um dia chegou um mocinho Pediu ali um servicinho O fazendeiro lhe deu Quando a conta acertou O dinheiro que ganhou Na hora ele recebeu Seguiu a sua estrada E ao chegar na encruzilhada O bandido lhe cercou Disparou uma rajada E caiu na gargalhada Quando o mocinho tombou Tirou todo o seu dinheiro E com gesto zombeteiro Os documento ele leu Jogou tudo na estrada E saiu em disparada Até a fazenda correu Já quase perdendo a fala Foi correndo até a sala Onde estava seu patrão Foi falando quase autivo Por seu dinheiro maldito Eu matei meu próprio irmão Atirou no fazendeiro E voltou em desespero Na encruzilhada chegou Deitou ao lado do irmão Atirou no coração E com voz rouca falou Me perdoa meu maninho Já vejo a morte pertinho Ao teu lado eu morrerei Sei que Deus é muito bom Mas não mereço perdão Por tudo que pratiquei