Ponha lá vaqueiro Ponha jaleco de couro Ponha jaleco de couro na porteira do curral Quando a colônia resolve dividir as terras criando as sesmarias Os latifundiários ditam suas leis pro sertanejo O senhor de engenho conhecido como coronel Resolve criar o seu exército de capangas Exterminando a esperança Só pra manter a mão de obra escrava nas lavouras Então ressurge a figura do capitão do mato Na busca da caça para o caçador que impera E o pobre coitado peregrina na seca que assola sua sina A fome no rosto coberto de miséria A capoeira e o cangaço A capoeira e o cangaço Recriam a cena do povo do sertão A capoeira e o cangaço A capoeira e o cangaço Reúnem Conselheiro e Lampião Ponha lá vaqueiro Na terra o homem é o dono do seu próprio destino E busca reforma agrária pra sobreviver Já que os direitos humanos são negados O homem monta em seu cavalo E inventa um jeito de ser e de viver