Agora foi eu quem chegou fazendo mágica nas palavras Como um sociopata, acrobata de rima psicopata Caneta é faca, põe no caderno e dichava Minha arte imita magia nessa levada embrasada Voltei, orei, prometi, escrevi, te vi lá Só não vi, que precisava de mais tempo pra mim Respirar, deixa o tempo passar É foda as mentira mata o mic é minha adaga Me jogue as lobos que voltarei liderando a matilha Se pode ou não pode se fode mano onde é a saída? Vida corrompida, mensagem perdida Atrapalha sua vida te deixa na estiga Viver na mentira os zika na bota E sem ter derrota eu acho a saída Terapia renascendo como um pássaro de fogo Eles tentam me derrubar Só que eu levanto de novo E a cada linha um soco, já nasci pronto pro jogo Cidade cinza, interurbano tio Honrando meu posto, mas aí Mas não está tão ruim Lembro seu rosto logo penso que amanhã é outro dia Mas nesse filme aqui Ninguém tem pena faço apenas esse som te contagia Fechar os olhos pra quê Não vejo o tempo só o momento onde a dor vira poesia Mas não está tão ruim Não, não, não, não E outro clima de novembro A chuva lava o cinzento, momento Calor cimento eu me apresento fi O som vem junto com vento, elemento Que sai de dentro, e pelas ruas do centro Na qual eu já refleti Papel, beat, bic, pra aliviar o stress e sensimila E rima prima ao invés de Dorflex Tô com flow na dispô, vou trampar, vou compor Atropelar esses pela que só faz caô Então vem, samba comigo na chuva A noite é de caça as bruxas, rotina vira tortura Nessa cidade de judas Onde inocente se acusa, verdade fica confusa Insônia a várias luas, peço que deus nos acuda Peço que deus olhe por mim, e nos tire daqui Mas não está tão ruim Lembro seu rosto logo penso que amanhã é outro dia Mas nesse filme aqui Ninguém tem pena faço apenas esse som te contagia Fechar os olhos pra quê Não vejo o tempo só o momento onde a dor vira poesia Mas não está tão ruim