Democracia que me engana na gana que tenho dela cigana ela se revela, aiê; democracia que anda nua atua quando me ouso amua quando repouso. É o demo o demo a demó é a democracia é o demo o demo a demó é a democracia. Democracia, me abraça com tua graça me atira desfaz esta covardia, aiê; democracia não me fere mira aqui no meio atira no meu receio. Democracia que escorrega na regra não se pendura na trégua não se segura, aiô; democracia pois me fere e atira-me bem no meio daquilo que mais eu mais receio. Democracia, não me deixe sou peixe que fora d'água se queixa, morre de mágoa, aiê; democracia não se dita maldita seja se dura, palpita pela doçura.