Eu quero um trem de doze vagões Pra marcar o compasso pois eu vou cantar Quero dez máquinas de concreto Porque não gosto de violino Quero um discurso do Nero Para fazer contraponto Doze motocicletas no lugar do contrabaixo Para reger o conjunto, um guindaste à rigor E na hora do breque um belo assopro de coca-cola Ah, ah, ah que cola A tonalidade é ré sustenido bem claro Ou mi colorido bemol Sidomidelamefalasemsirelanemsolfa Para parceiro na letra Satanás de babydoll Ou um camundongo sádico que tem a língua vermelha E no fim da primeira parte beije a Brigitte Bardal Mas, ora, veja: Enquanto eu cantava O verbo enganado Com a língua do poeta enrolada no pescoço Pendurado sem socorro Já parou de balançar as pernas Já parou de balançar as pernas Já parou de balançar as pernas Já parou de balançar as pernas Já parou