Ela vem, vem descendo a ladeira, Tão formosa e tão faceira, Vai se entregar pro mar. Ela vem, tão descrente e decidida, Sem se preocupar com a vida, Sem saber o que virá. Ela canta o seu samba destoado, Já percebe que o pecado, É tão doce e tão gentil. Ela estampa o seu sorriso derradeiro, Quem dera eu ser o primeiro Que seu coração feriu. Quando o samba sair, Quando o samba passar, O meu sono fugir, Pra menina voltar. Se a vida desponta numa ponta de estrela, Impossível esquecê-la, Impossível não lembrar. A menina desponta, Deixa o rastro na areia, Tudo que a rodeia para só pra escutar. Então ela entoa uma prece remendada, Um sussuro quase nada, Só pra ela e iemanjá. A menina e o mar, a menina e o mar, A menina e o mar, a menina e o mar.