Oigalê, coisa de louco, tempo bagual cascurrento Uma tormenta de vento, meu rancho véio' caiu Meu jaguara se sumiu, o rato furou minhas bota' Tropiquei numa cambota quase destronquei o pé Uma cobra saiu da toca, mordeu o meu Pangaré Cruz credo, que coisa à toa, tô enroscado no enredo Cruz credo, que coisa à toa, tô enroscado no enredo Me acordei c'os bofe' azedo, um mau jeito nas cadeira' Galo pega sambiqueira, bombacha descosturou Meu pala véio' rasgou, no toco do unha-de-gato Fiquei que nem touro magro tapado de carrapato Uma muié' me mentiu que era viúva de um fazendeiro Com interesse no dinheiro, me casei sem conhecer Depois, mais tarde, fui ver que a muié' não tinha nada Era tudo esculhambada, olha só o que aconteceu Era feia, magra e renga, muito mais pobre do que eu Era magra, feia e renga, muito mais pobre do que eu Uma muié' me mentiu que era viúva de um fazendeiro Com interesse no dinheiro, me casei sem conhecer Depois, mais tarde, fui ver que a muié' não tinha nada Era tudo esculhambada, olha só o que aconteceu Era magra, feia e renga, muito mais pobre do que eu Era tudo esculhambada, olha só o que aconteceu Era magra, feia e renga, muito mais pobre do que eu