De certa feita, eu levantei esculhambado Perdi meu sono e a saudade me bateu Coração véio' dava bulo e tropicava Sentindo falta d'um cambicho que era meu Tá desconfiado que ela me trocou por outro Se ajeita, louco, que o problema não é teu Tá desconfiado que ela me trocou por outro Se ajeita, louco, que o problema não é teu Pensei comigo: Vou procurar uma fuzarca Que tenha China, jogo de osso e cantoria Um bate-coxa num salão de chão batido De porta aberta pra enxergar a barra do dia E a gaita véia' se espichando e se encolhendo Mesmo que um burro laçado pelas viria' E a gaita véia' se espichando e se encolhendo Mesmo que um burro laçado pelas viria' Escuta o grito do xirú, dono do rancho Subiu num banco, pediu um pouco de atenção Tem uma hora pra vocês frouxar' o rabicho Pra mulherada adelgaçar e trocar o batom Comer uma boia e tirar o bucho da miséria Arroz com couve e pé de porco no feijão Comer uma boia e tirar o bucho da miséria Arroz com couve e pé de porco no feijão Mataram a fome, vamo' lá que a noite é curta Gaiteiro véio' já tirou uma cochilada Daqui a pouquito, já dou um pulo no bolicho Buscar cachaça e um fumo pra xiruzada Comprar mais boia e um litro de querosena Se a noite volta, o candeeiro dá uma clareada Comprar mais boia e um litro de querosena Se a noite volta, o candeeiro dá uma clareada