Eu sou negro, filho da senzala Tenho minha identidade na África Sobrevivente das chibatas e porões Enraizado nas favelas e prisões Estou a margem da sociedade Clamo pela igualdade em poesia Sou a ovelha que um dia se perdeu O meu pai me esqueceu Eu também sou da família Agô oh Tenho orgulho da minha cor Preto sim, de muitas vitórias Não existe futuro rasgando a história Levanta e vem, agora Um basta nas inverdades A casa do Bambas, meu lugar de fala É casa de liberdade A gente acredita e dá as mãos Não tem preconceito, é carnaval Estamos unidos, somos irmãos No mesmo ideal Oh águia Meu espírito de luz Desarma a intolerância O amor é quem nos conduz Ainda não acabou Ainda não despertou É hora de acordar Que somos todos iguais O nosso povo quer mais Sou bambas e vou lutar