Na minha mão é mais barato Melhor não há Tô vendendo alegria É só chegar Aqui paga duas, leva três É caprichado Bem ao gosto do freguês Português cara de madeira, seduziu Deixou índio de bobeira Com um colar Olhar refletia no espelho A cobiça em tom vermelho E o pau-brasil cruzou o mar Toma lá, dá cá, É negra voz do pregoeiro O me dê, me dá No balançar do tabuleiro Bom de se ver, quero provar Doce pra sinhô, flores da sinhá Aqui o comércio chegou imigrante Se instalou na rua, virou ambulante E o velho mascate se modernizou, é camelô! Hoje é o mate na praia tomate na feira Na uruguaiana é produto importado No sinal fechado um refri gelado A preço de banana O mestre, já tinha avisado Que samba não tem preço, tem valor É coisa do coração, se é de verdade Não tem transação Tem gente aí que quer comprar No balcão da avenida, tem tudo pra você Tem voz, fantasia, dança a poesia Sou caprichosos não vou me vender