Sossego é axé, é inspiração Crioula, luz negra, divina mulher O sangue não nega, é muita emoção Um canto de amor pra falar de Zezé Ora yêyê oxum apará me viu nascer E deu a minha força, o meu poder Feito estrela me fez brilhar Mostrar as sete faces da ilusão Em cena a emoção A luz do meu caminhar Pouco me importa o castigo por que passei A negritude é fonte que eu herdei E ai de mim se a arte não fosse o meu abrigo Iluminado sol do meu sorriso É força que me faz cantar O samba mandou me chamar Vou pro quilombo, Xica da Silva Bate tambor mãe de santo me faz tão bem Conceição de Orfeu, roda viva Vem ver o dengo que a nega tem A voz que me deu o direito à vida Divina saudade da cana caiana Do ébano a cor da raça Tu és rainha, és a herdeira De um quilombo de Zumbi Que hoje brilha na Sapucaí Senhora liberdade um grito ecoou Do canto a resistência à dor de amor Guerreira na luta pra vencer a intolerância Meu samba é a negra melodia É doce esperança