Sou eu que mato demônios Arif que brota do novo sentido do sonho Luneta é meu Rap, me eleva na fonte da dor Que salta da carne Discreta é minha rima no vento da noite de el ñino Meu sonho caminha comigo Mochila pesada, uma draga de carga elevada “No olhar de quem nunca fala o que acha... ” Foda-se seu conceito Transmissão ativada pra guerra Meu tempo me mostra que eu posso nadar bem mais fundo Singela seria a história Mais triste do homem que gеla De frente pra linha amarеla Metralha, favela, sem fuga, moleque acelera Aqui nada lhe resta com ela Aquele cigarro já era Bateria zerada que merda O que faço cercado? Quem pega, me mata no acerto e conserva um Brasil de miséria Sem terra pro preto morar Aquele quintal pra regar uma plantinha Pra família juntar de domingo e almoçar Mas não vivemos tal coisa Pra quem sabe parece tão tola Moleque de 9 que rouba que atira, dá tiro na rua No gueto e sem roupa Só queria uma sopa, uma cama, coberta de boa Lugar pra dormir, pra ficar pela vida toda! Sou eu que mato demônios Arif que brota do novo sentido Do sonho... Sou eu! Sou Eu!! Sou eu que mato demônios Arif que brota do novo sentido Do sonho... Sou eu! Sou Eu!! O destino não conta tão fundo Sobre o pingo gelado da chuva Por favor não fale de mundos Onde é que fica essas ruas? Do lado do beco que eu vivo Conspiro comigo no dom da loucura Me arrisco no beat que eu traço na mesa A chaga do corpo sinistro confiro Mpk, meu johnny, no sereno rindo sozinho Tempero da vida, sei lá Brilha pra nois, lua!! Eu deixo a vida levar-me Pela estrada do tempo transpiro Enquanto de mim é tirado Um punhado de mim diluído Meu coração é bússola Amuleto que pulsa aqui dentro Que toca na correnteza No balanço do vento e do mastro Do navio negreiro tomado Capitão português atirado no mar Não dá pra ninguém relatar Na verdade, o que houve de fato Bomba-relógio, a saga que verso Converso com o mundo e as estrelas De um mundo que quero tão belo Levo meu plano na bolsa a certeza Pelo tanto de filho que eu tenho A minha virada compensa Cada suor que transpira da pele Que é preta rima que solto sem hora Sou eu que mato demônios Arif que brota do novo sentido Do sonho... Sou eu! Sou Eu!! Sou eu que mato demônios Arif que brota do novo sentido Do sonho... Sou eu! Sou Eu!! Sonho, Sonho, Sonho... Sonho!!