Só ouço carros, buzinas e máquinas Vejo pessoas vazias atrás de cortinas Aonde viemos parar Este não é o meu lar Gravatas, dinheiro, trapaças Anseio em questionar Como a vida está e o que ela significa Qual seu valor querem te comprar Cadê o que é verdadeiro Não feito de plástico, estático, não animado Os dias se vão e eu ainda não achei Irrelevantes prioridades Descartáveis amizades Eu acho que estou enlouquecendo Rodeado de tantos monumentos Tvs modelando minha percepção Inconsciente me rendo a essa invasão Me torno um número, 301 Não me sinto mais eu Só como mais um Um moderno poeta veneta Vivendo a sua desilusão E com árduas palavras me retiro Deixando um adeus em suas mãos