África! Ifón! Num cortejo elegante Efum, pratas, elefantes, caurins, folhas pelo chão Mãos que tocam o tambor, estendem o alá Ergue o opaxorô pai oxalá Certo dia o obá quis visitar xangô Um pouco antes, consultou o babalaô O odú no opom-ifá aconselhou não viajar E o soberano resolveu não escutar Com pé na estrada, levando na bagagem Roupas brancas, vaidade e teimosia Sem o ebó pra oferecer, foi imprudente Exu se fez presente e cobrou com ironia Deu um banho de carvão, vinho de palma e dendê Acusado de ladrão, babá foi preso sem merecer Oyó foi assolado e xangô desconfiado Quando viu o amigo injustiçado! Dariji mi! Ómi tútú ao Olúfon! O reino todo em seu louvor Água fresca para o meu senhor! Omiomi, omi ayé e omi orisá Prosperidade voltou pro seu lugar O ancestral Funfun renasce num otá As ekedes auxiliam oborós e yabás Iabassê, tem acaçá, traz o ebô! Vibra o couro do atabaque, alabê! No balanço do agogô Águas de benzer que lavam a alma Águas pra banhar de axé O ilê leopoldinense Seu adê e igbins àwúré, imperatriz!