Salve a força de ayakamaé O vermelho do amor E o verde das matas Tem rufar do tambor nessa tribo de bambas Avante guerreiros da morada do samba Um filho desse chão, herdeiro dessa nação Guardião da natureza Vi a paixão brotar E emocionar os deuses com tanta grandeza Vi dois amantes e sua beleza Bastou um toque a terra estremeceu O mar se agitou e o céu se abriu Rasgando o ar com um trovão Tupã separou o que o amor uniu Foram morar na imensidão Brilhando o dia iluminando a noite E a lua chorou, chorou Seu pranto fez desaguar as lágrimas De um rio que corre pro mar Êh, santuário da vida! O encontro das aguas num lindo bailar Êh, colorindo a magia É a voz da mãe d’agua ecoar Água que cura toda ferida e purifica Levando as cinzas fez a flora renascer Ao som de tambores, maracas o bem vence o mal É a força do pajé no ritual A fé Que faz morada nessas águas Banha essa gente abençoada Eita caboclo sonhador Na fé Do semear de um trabalhador Desperta o brilho da criança Rogai ao padroeiro, oh pescador O sol beija o pranto da amada Reluz no arrebol todo ardor Em poesia, felicidade Que fez do sonho realidade Deságua hoje aqui na Mocidade Transborda o coração da Mocidade