Eu tenho dois amores aqui no Pantanal Um eu levo no peito o outro é meu cartão postal Aqui na barranca do rio, a chalana eu vi passar A bugra pantaneira, com as ondas fez cara feia No barranco esta vá a pescar Remando sua canoa, cruzou no entardecer O vulto ao pôr-do-sol, me acenando foi se perder Na guarita ali fiquei esperando, ela não retornou Será que a pantaneira, era mulher verdadeira È o meu segundo amor Há... Bugra pantaneira / Mulher verdadeira / te encontrar Há pantanal querido, seu filho adotivo, não vai te abandonar E vão se passando os dias, aqui estou a esperar Outra chalana lá vai indo, e a pantaneira não vai passar Do outro lado do rio, de manhã eu vou procurar O rio eu corto no braço, o === eu levo no peito Nada pode me parar A bugra pantaneira do outro lado não encontrei Será que foi mentira, por quem eu me apaixonei Só ficou a lembrança ali, um burraco no rio Todo o pôr-do-sol eu fico a esperar E no escuro da noite eu vivo a te esperar