Trapuá a serra, trapuá da terra Trapuá do barro, trapuádo jarro Trapuá do ingein, trapuá de tracunhaém Do povo que pega, modela domina O barro transforma, adorna destina A tinta vermelha, a formiga a panela A lenha no forno, o contorno pincela Quartinha, tigela o oleiro calcina Trapuá abriga, trapuá cantiga Trapuá acolha, trapuá das folhas Trapuá além, trapuá de tracunhaém A estima o sossego, o caminho revela A visão de outros dias, do altar da capela Guardar no miolo, a seiva evidência Da luta, da arte, da sobrevivência A mais bela essência a história congela O homem forte e são, que extrai do chão Com a força das mãos, bela criação Flores, galhos e frutos, tudo interligado Ouve-se o sussurro quando o vento é soprado Com a primeira luz, o mundo se alumeia Lá dentro da mata o arvoredo sombreia Não se incendeia o que é sagrado