Lá detrás do casarão Uma seca deixava Seu rastro certeiro E seus ramos cresciam pelo chão As crianças brincavam No meio do terreiro E os cachorros latiam no portão Lá detrás do casarão Um açude sem água Seco o ano inteiro Matava de cede a plantação. Os pezinhos de quiabo,Maxixe e os bezerros Iam tudo morrendo sem perdão. Lá detrás do casarão Era zona da mata Mês de fevereiro E parecia que era sertão. A fome que levava O povo ao desespero Acabava com toda a criação. Lá detrás do casarão Se encontrava um mistério Que deixava curioso Os bichos e os cidadãos. Quando chegava o verão O povo se assombrava Com o mistério que reinava Lá detrás do casarão. Lá detrás do casarão Tinha sempre muita seca Que acabava com o verde Do terreiro e do oitão. Ficava com emoção Todo aquele que passava, Que olhava e que pisava Lá detrás do casarão