Nem sempre a taça simboliza a glória De uma vitória que se conquistou Há muita gente que ao erguer a taça Brinda o fracasso que o derrotou No mundo turvo de algo e fumaça O boêmio passa sem vencer a dor Sujeito ao vício que já o domina Brinda a ruína do infeliz amor No entorpecente vai buscar remédio Porém o tédio cresce ainda mais Visões terríveis, sonhos de martírio Cruel delírio o arrebate a paz Só mesmo o fraco culpa a negra sorte Só mesmo o forte vence a tentação Não deixa o vício só quem é covarde Pois nunca é tarde para a redenção Ao derrotado não se dá o desprezo Por viver preso à infeliz ralé Faz esse palha prosseguir lutando Acreditando no poder da fé Que siga sempre de cabeça erguida Vá pela vida seja aonde for Tirando as pedras todas do caminho E com carinho irradiando amor Ao derrotado não se dá o desprezo Por viver preso à infeliz ralé Faz esse palha prosseguir lutando Acreditando no poder da fé Que siga sempre de cabeça erguida Vá pela vida seja aonde for Tirando as pedras todas do caminho E com carinho irradiando amor